domingo, 30 de dezembro de 2012

10 coisas que fizeram de 2012 o melhor e pior ano da minha vida.

1-Descobrindo a galhada.
Depois de 4 anos namorando, sonhando em um futuro lindo no subúrbio do rio de janeiro, onde iria cozinhar descalça e grávida, enquanto meu marido ensinaria os benefícios do video game na infância, para nossos outros 2 moleques; finalmente essa bolha estourou.

O Pior: chorei tanto dentro do meu carro, que recebi pedidos de terceiros na linha amarela pedindo pra eu parar.

O Melhor: sonhar com um futuro lindo viajando o mundo, falando russo, sendo celebridade temperamental do meio da moda. Filhos e marido podem rolar também.

2-Trabalhando com moda.
Esse foi o primeiro ano em que comecei a trabalhar com a tal da carreira com a qual eu cismei.
Com 1 faculdade correlata quase terminada e outra pela metade, me enfiei em qualquer coisa que envolvesse botões.

O Pior: fui contratada e demitida 3 vezes. Inclusive de trabalho voluntário. Estou de parabéns.

O Melhor: É tanta coisa que é difícil escolher. Apresentar coleção no Fashion Rio, dançar até o chão no ateliê da marca que eu mais respeito atualmente no Rio de Janeiro, ver a primeira estampa que eu fiz sendo compartilhada por amigos no facebook, assinar coleção de acessórios, trabalhar com moradores de comunidades... Carteira assinada nenhuma é mais importante que isso tudo que rolou.

3-Vida de solteira.
Caí de para-quedas nessa maluquice aí. Quando me dei conta não era mais ninfeta, a lapa estava ainda mais nojenta e os homens não estavam valendo nem um sacolé do Gustavo (quem sabe sabe, quem não sabe, sorte sua).

O Pior: Reaprender a ingerir álcool. Quando se está semi-nua, voltando pela manhã de ônibus do Bukowski, com a roupa toda rasgada e ainda se faz uma paradinha da padaria com intuito de comprar 2 coxinhas de galinha pagas no débito, descobre-se que você anda bebendo demais.

O Melhor: Poder fazer essas cagadas e ter certeza de que isso não me define e que se eu quiser faço de novo. ESCUTOU, VIZINHO QUE ME CHAMA DE ALCOOLATRA? Vai transar sua mulher, vai.

4-Resgatando amizades.
Tenho mais de mil amigos nas minhas redes sociais. Grandes merdas, né? Mais ou menos. Redescobri um montão de gente que gosta de mim, quer me ver bem e me acha o máximo. Ah, e é recíproco. Não vou deletar ninguém não. Mentira, vou sim.

O Pior: Quando todo mundo resolveu ter crises pessoais ao mesmo tempo. Foi difícil estar presente pra quem era importante pra mim, mas que eu tentei, tentei.

O Melhor: Ter gente pra chorar, pra rir, pra abraçar, pra beber, pra ir ao cinema, pra dançar na febarj, pra falar besteira, pra falar que me ama, pra dizer que eu sou linda, pra ir ao jardim botânico e qualquer outra coisa maluca.

5-Movimento Estudantil.
Além da fantástica experiência que foi dançar Naldo e fazer coisas mais sujas ainda no alojamento do R Niterói... Fui pra Minas, Pernambuco e São Paulo; hospedada em casas de amigos conhecidos através do design. Alguns passaram por aqui também.

O Pior: nada.

O Melhor: os bilhetinhos deixados pelas visitas.

6-Família
Há! Irmãozinho, sou pobre de dinheiro, homens e até de espírito, mas de família estou bem servida.

O Pior: Casamento de 15 dias da minha mãe com um artista plástico/escritor/advogado.

O Melhor: Apoio e incentivo através de presença, esporros e até sms.

7-Fazendo freelas.
Bom... Fui demitida 3 vezes, né? Então precisei arrumar dinheiro em algum lugar, e não estava pronta para vender meu corpo (ia ter que trabalhar muito pra juntar uma quantia aceitável, sendo uma prostituta de 90kgs).

O Pior: explicar para clientes que não iria fazer "alguns rascunhos, só pra ter uma idéia de como seria" sem ser paga.

O Melhor: Ahn... Dinheiro?

8-ENADE
Fiz. Fiz mesmo.

O Pior: Ir pra Ilha do Governador numa chuva absurda, domingo, pra fazer prova.

O Melhor: Responder em uma das questões "No caso de um apocalipse zumbi, as armas atuais, apesar de tecnologicamente avançadas, seriam ineficazes. Acredito que nas escolas deveriam ser oferecidos treinamentos anti-mortos vivos, nos quais conseguiriamos canalizar o bullying de crianças agressivas e trazer o conteúdo aprendido nos video games para a sala de aula."

9-Romances
Deixa eu explicar, se você me conhece e sabe que eu não desenvolvi nada próximo de um relacionamento esse ano: dentro da minha cabeça, eu me apaixonei, casei, tive filhos e separei umas 3 vezes.

O Pior: Saindo apaixonada por aí, torcer o pé no Estácio, 2h da manhã, sozinha, pegar uma carona até a lapa que estava fechada e quase na glória pegar um ônibus pra casa, depois de passar num barzinho pra dar um tapa na cara de um rapaz.

O Melhor: Senti coisas que achei que não existiam mais por aqui.

10- Me jogando nas "oportunidades".
Basicamente qualquer coisa eu to dentro. De vez em muito, me meti em furadas. Mas, no entanto, sobretudo, porém apareceram umas doideras que valeram a pena.

O Pior: meu amado e sujo carro atolar numa trilha em Conservatória e voltar de lá todo fedendo à garrafa de cachaça de Jabuticaba que derramou todinha no banco de trás.

O Melhor: Cheesus, difícil isso hein? Ser dj fantasiada de zumbi? Virar modelo plus size? Fazer teste pro ídolos? Assistir "Os Mercenários 2" de pijama tomando uma cerveja em um cinema para 60 pessoas?  Montar uma banda com os amigos pra tocar no casamento de um casal querido? Sei lá.

Foi bom e ruim pra caramba. Obrigada 2012, você é um canalha.